quarta-feira, junho 10, 2009

O poder de um olhar…


Hoje vi-a!

Não que, antes de hoje, não tivesse já olhado para ela, nada disso! Aliás… muito pelo contrário (se é que me entendem, hum?)
O que aconteceu foi que hoje, ao virar-me inocentemente, muito a sério, inocentemente, se não fosse não o diria, ela estava a olhar para mim! É que eu não fazia ideia de que ela estaria precisamente onde o meu olhar acabaria por se ir pousar… então hoje, só hoje, é que algo em mim se encarregou de me dizer (e disse-mo através daquela batida do coração que nos deixa titubeantes, e a pensar… “que mau aspecto! Será que ela viu este salto dentro do meu peito?!”), mas dizia eu, me disse que ela era a tal... era mas não é. Nem será. Era, porque, um ‘nós’ como resultado de um ‘eu + ela’, nunca se irá concretizar, nunca irá ser! Não terá sido a mulher com que sonhei, não foi, mas poderá em termos efectivos, ser o rosto (e por que não todo o resto do corpo também?!) do amor com que sonho e vou continuar a sonhar. Ela nunca vai estar na minha vida, materialmente falando, eu sei, garanto-vos… a única forma de ela encostar a sua cabeça na mesma almofada que eu, é quando me deito e encosto a minha, porque ela está lá dentro. Já antes por lá andava, só que agora tem um rosto preciso (e corpo também, pronto).
Trabalhamos muito próximos, contudo não lhe sei o nome. E nem vou querer saber. Para mim será sempre uma Xana, uma Tânia, uma Inês, uma Julieta! Será tudo o que eu puder imaginar, muito além do que eu possa ter. Será talvez um livro, (um romance, está decidido) que irei ler durante muito tempo, no qual me permito, como é regra na leitura, imaginar cenários. E se ela soubesse de tudo isto, deixaria de ser a tal…

Quem a mandou estar a olhar para mim, quando eu olhei, inocentemente, para ela, HÃ?!! Agora ela… será sempre aquele olhar.
Até breve

2 comentários:

  1. Aquela batida do coração que nos deixa titubeantes... Isso é mesmo a sério :)
    Às vezes é o que imaginamos que torna as pessoas especiais. Quando as conhecemos, nem sempre correspondem. Outras vezes até correspondem. Nunca se sabe até poder confrontar a imaginação com a realidade.
    :)

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  2. É por isso, Nirvana, que não lhe sei o nome. Nem vou querer saber...

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A "ler" é que a gente se entende.