A quanto e a quê se pode prestar um cidadão anónimo, que um mediático não pode?
Nem sequer vou referir os mediáticos que o são por opção, ou daqueles cuja profissão, nos tempos que correm (!), os "obriga" à exposição pública. Não, não vou referir-me a esses. Vou focar o mediático normal, que, anormalmente, será mediático normal, por tudo menos por opção! São aqueles que são tornados mediáticos. Que paz viverão privadamente? Sinceramente, muito mesmo, não lha invejo.
Uma invenção para a ciência. Um donativo gigante para uma causa. Um conjunto de (excelentes) pensamentos publicados. Uma doença caso único, raro ou primeiro. Lembrem-se do que quiserem que possa dar cabo da paz na vida de alguém, apenas porque esse alguém (na sua limitação ou genialidade), estava a ser… Ele (a) próprio (a)!
Faz-me confusão o mediatismo involuntário. A tamanha perda de privacidade que lhe vem automaticamente agarrada. O não poder ir a lado nenhum, sem que mil olhem para medir se a roupa está penteada ou o cabelo engelhado. A avaliação da graxa nos dentes ou a carie dos sapatos. Como pega na chávena para tomar o café. Enfim.
Quando o mediatismo acontece fora do tempo do mediatizado, menos-mal. É que na hipótese de nos enviarem, depois de mortos, para um sítio perto de onde estávamos antes de nascer (e não estou a falar na roda das encarnações), o mediatizado estará em paz. Eu pelo menos não me lembro onde estava, antes de me ser! E certamente que ele não recordará também, dai o menos-mal. Agora, enquanto é durante o período em que olhos que a terra há-de comer, ainda vêem… Adeus vida descansada, olá ó vida malvada! (como diz o artista).
Pseudónimo, mais do que tu comigo, estarei eu sempre contigo, nesse mundo (orgulhosamente) tão só nosso, onde de facto deixas de ser falso e eu passo a ser verdadeiro!
Não sei se será uma questão de pseudónimos! Acho que nem assim lá vamos…
ResponderEliminarPor razões profissionais, tenho uma vida “relativamente” pública, e, sinceramente, por vezes não é muito agradável (no mínimo). Tenho a impressão que é uma mistura entre; “cusquice”, ingenuidade e uma boa fatia de curiosidade mórbida, muitas vezes. Estou-me a lembrar das filas intermináveis de transito, que se formam, por coisa nenhuma, ou pelo menos sem nada que o justifique na realidade. O que mais me incomoda é a exploração mediática, de situações que tantas vezes são penosas para as pessoas, e que sem qualquer pudor, são violadas na sua privacidade. Algumas vezes, só se quer estar longe das luzes e ponto final…
Um abraço do Mário
Eu também não lhes invejo nada nada a sorte, a qualquer um dos ditos mediáticos. Se uns o são por opção, até se esforçam e são capazes de tudo ou quase tudo para que isso aconteça, outros há que se vêem enredados nesta teia do mediatismo involuntáriamente. Pensando bem, acho que isto acontece geralmente, por motivos menos bons. Por coisas menos boas, quer a nível profissional, quer a nível pessoal. Verdade seja dita que todo este mediatismo, o voluntário e o involuntário, é alimentado pelo público (sem o qual o mediatismo deixaria de ter razão de ser).
ResponderEliminarQuanto a mim, acho que ter a minha vida exposta aos olhos de toda a gente me iria fazer muita confusão. Gosto de ser dona do meu tempo e do meu espaço.
Não está nos meus planos, não, e espero que não esteja nos planos do acaso.
Beijinho
Pois... E vocês acham todos que não são mediáticos... E se uma televisão quiser conhecer um de vocês por alguma coisa que deixou escrita?
ResponderEliminarO mediatiasmo involuntário é um tema fabuloso. Gostei que te tivesses lembrado desta distinção que nem sempre é apreendida. Entre o Emplastro (o inicial, que ninguém conhecia) e a Oprah Winfrey vai uma distância cósmica. E depois há os do outro universo...
Granda Malha, pá!
Olha, nem sei... Isto dá-me para ficar para aqui, assim...
E acho que de futuro só vou escrever porcarias... Pelo sim, pelo não... (Se calhar já são, por isso é que...)
Mas por outro lado se até o dono do Mundo passa incógnito...
Anda tudo muito distraído e stressado.
"O" Abraço!