quinta-feira, agosto 06, 2009

It´s only words, and words are all i have to...

Não se me acabaram as palavras. Afinal, aqui estão elas. Mas que palavras são estas, que me pergunto que palavras são?

- Que palavras somos nós, que te perguntas que palavras somos?!! Estás bem?
Tu é que pediste…

Somos-te, Gemini! Não te confundas na procura... É em nós que estás, é em nós que és. Sozinho ou não. És quem és através de nós, ponto!

O que são sem nós as tuas acções? Ou todas as tuas acções, não serão afinal… Nós?
Antecipamos-te o movimento, a atitude. A postura. Mais do que à acção, conduzimos-te à opção, quando nos calas, bem dentro de ti, onde quase sempre nos ouves melhor.

É em nós que é possível dares-te a conhecer. Aos Mundos. Como se o quisessem. Mas a culpa nem é tua. Ao condenarem-te à vida, a esta tua vida, todas aquelas circunstâncias, condenaram algumas pessoas, felizmente poucas, a interagir contigo. Tal como és, que nunca és outro, apenas ocultas parte de ti quando não te podes revelar no todo. E sim Gemini, por que tu és fraco, és quase humano mas mais fraco, e portanto melhor, gostas das pessoas e acreditas nelas. Mas como só gostas e acreditas nas que são pessoas, poupas-te a desilusões. Poupares-te a desilusões… Fraco. És um fraco.

É por nós que agradeces às pessoas, a possibilidade de as amares. Nós estamos em tudo o que possas fazer para o demonstrar. É por nós que tantas vezes elas, essas pessoas, estão contigo no prazer e dor. E é por nós, palavras, que agradeces outras, palavras, que te são oferecidas.

Atenta no modo como te colocas, para contigo, por ser o mesmo modo em que nos colocas. Preocupa-te no para contigo que todos e tudo estarão salvaguardados.

Quantas vezes já te fomos, seremos ainda, as lágrimas e o sorriso?


Gemini, Gemini… Que calasses, às vezes, mais vezes. Estarias ainda assim a dizer tanta asneira!

E só nós sabemos quanta te falta ainda calar e dizer.

5 comentários:

  1. Escutem meninas, não tendes qualquer legitimidade para, assim tratarem quem vos profere.
    Sois ingratas, pois se caladas fossem, não seriam portadoras de sentimentos, de vivencias belas, de sussurros da alma. Não sabeis que entre nós e vós, existe cumplicidades, que as meninas não estão a querer dignificar?

    Recordo-vos, num texto de, Mário Cesariny de Vasconcelos, a vossa missão. Deveríeis saber que…

    Entre nós e as palavras há metal fundente entre nós e as palavras há hélices que andam
    e podem dar-nos morte violar-nos, tirar do mais fundo de nós o mais útil segredo entre nós e as palavras há perfis ardentes espaços cheios de gente de costas altas flores venenosas portas por abrir e escadas e ponteiros e crianças sentadas à espera do seu tempo e do seu precipício
    Ao longo da muralha que habitamos há palavras de vida há palavras de morte há palavras imensas, que esperam por nós
    e outras, frágeis, que deixaram de esperar há palavras acesas como barcos e há palavras homens, palavras que guardam o seu segredo e a sua posição
    Entre nós e as palavras, surdamente, as mãos e as paredes de Elsenor
    E há palavras nocturnas palavras gemidos palavras que nos sobem ilegíveis à boca palavras diamantes palavras nunca escritas palavras impossíveis de escrever por não termos connosco cordas de violinos nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar e os braços dos amantes escrevem muito alto muito além do azul onde oxidados morrem palavras maternais só sombra só soluço só espasmo só amor só solidão desfeita
    Entre nós e as palavras, os emparedados e entre nós e as palavras, o nosso dever falar.

    Um abraço do Mário

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  2. E no entanto, estimado Mário, nem carecem de ser citadas para que existam...

    Necessário exercitar...

    "Mário Rodrigues disse...
    Acautela-te para que as palavras não contaminem a beleza de silêncios, irrepetíveis…
    Os meus cumprimentos.

    6 de Julho de 2009 17:38

    Um abraço!

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  3. Gemini,

    Isso foi bonito!
    E eu gostei, "bué"!
    E é verdade!

    Mas estava a dar um ralhete a umas outras... :-))

    Abraços

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  4. Vós que criticais quem vos concede o benefício de cortar a imensidão de um silêncio, deveis agradecer o mérito de quem as sabe escolher de forma a que nos sejam mais importantes que aqueles.

    Que nunca se cale quem vos disse. Que melhor fica o mundo com ele, que a vida com irmãs vossas que vos envergonham, quando proferidas em vão.

    Já o Mário vos chamou ingratas, eu limito-me a apelidar-vos, em acrescento, de irreflectidas.

    Ao sábio cabe a escolha que vos determina a nascença. A nós, a crítica que vos ilumina, para nos mostrar o caminho.

    E esta simbiose perfeita não pode ser avaliada por vós, meros instrumentos de um mestre.

    Não vos podeis calar, que não vos cabe a liberdade. Sois meras servas. Limitai-vos a obedecer pois esse é vosso fundamento. Que a presunção, por se acharem belas, não vos confunda.

    Um abraço ao criador.

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  5. E a Palavra, CybeRider, nunca mais foi a mesma...

    Que mais dizer?...

    Abraço!

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A "ler" é que a gente se entende.