sábado, julho 18, 2009

My end is my beginning!

Reinventar-me.
É preciso, sim. Someday, somehow…

Mas não foi isso que me trouxe aqui…

O que me trouxe aqui foi alguém que tenho o prazer enorme de (não) conhecer. Alguém que eu leio e imagino a voz. Alguém que (não) conheci aqui, na Blogosfera. (o B, assim maiúsculo, é para lhe sublinhar a grandeza). Alguém a quem, da minha casa, espreito a janela da sua, só para ver se tem luz. Alguém que, quando a luz está ligada, precipito a visita e não me conhece. Uma casa onde entro sem campainhas. Uma casa de portas abertas. Uma casa onde, nas suas palavras, também me leio.

E agora o meu bairro vai ficar mais pobre… A administradora da casa pensa (ou já decidiu?!) partir. Ainda não sei se a casa fica em pé, ou se vai ser demolida…

Aos meus vizinhos, os de "carne e osso", conheço-lhes a face! Conheço-lhes as vestes. As vozes, os carros. Talvez tudo o que menos interesse conhecer. Não conheço a essência. Não os conheço, de todo, tão bem como, não conhecendo, conheço este vizinho virtual! E por isso lhe peço que, "ouvindo", não "dê ouvidos" ao que não tenho o direito de lhe pedir…

"Please, Don’t Go!"
"Against All Odds!"
"There Will Never Be Another You!"
"I Still Haven’t Found What I’m Looking For!"
"A Gente Vai Continuar!"
"Hoje É O Primeiro Dia Do Resto Da Tua Vida!"

"Please, Forgive Me!" mas…

Nunca pensei que doesse tanto ver partir quem (não) conheço.

- Mas sim, vai! Reinventa-te. Faz do teu fim o teu início. Ficarei triste pelo adeus, feliz por ti! E se fores mesmo quero que saibas, ainda que não te importes e que a minha casa nada te diga, que guardarei para sempre em mim, um conjunto de…

Pequenas Grandes Sensações

16 comentários:

  1. São essas ansiedades que nos matam. Mas um fim pode ser sempre um princípio, como disseste, mesmo sem ser o teu. E qualquer fim e qualquer princípio podem alterar a ordem do Universo. Nunca sabemos quando o caminho que pensamos ter chegado ao fim não será afinal o simples início da mais maravilhosa caminhada.

    Acabar?... Só na nossa limitada capacidade humana existem inícios e finais.

    Um abraço, e tem fé... Em qualquer coisa.

    Um abraço!

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  2. Que texto tão sentido, tão aberto... o coração a nú, sem véus nem os subterfúgios do costume. Raras vezes leio (infelizmente) textos assim.
    Parabéns pela coragem.
    Bj

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  3. Sabes, CybeRider, a nossa esperança está presente ainda que nem tenhamos consciência dela. Trazemos sempre a esperança de que um fim encerre um início.

    E concordo contigo! O fim de algo (ainda que não em mim), pode trazer-me um qualquer início!

    Que a fé morra, então, depois da esperança!

    Um abraço.

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  4. Olá Mag,
    Sê muito bem-vinda. Se desejares tomar alguma coisa, serve-te à vontade do frigorifico.

    ;)))

    Obrigado pelas tuas palavras.
    Penso que só assim a nossa expressão o é de facto. Como dizia o Fernando Pessoa: "Põe quanto és no mínimo que fazes."

    Volta sempre que desejares, eu irei visitar-te com tempo...

    Um beijinho.

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  5. Eu quando gosto de um blog, quando leio um texto mais pessoal, tambem gosto de imaginar a voz, o rosto, a alegria e/ou a tristeza que essa pessoa tras estampada na cara...
    mas quando assim é, gosto mais de ficar apenas com esse conhecimento(virtual), acaba por ser muito mais magico (seja masculino ou feminino, porque uma suposta amizade, o gosto por alguem, o carinho enquadra-se nos dois sexos), mais sentido...

    esse blog, tem algo que gosto...
    um sentimento tao prufundo (vêm-se na palavras), uma escrita tao verdadeira e sentida...
    pena que fala mais num sentido de desgosto(magoa em varios posts...
    mas gosto de ler assim, coisas tao puras, tao sentidas, tao (ou quase) reais...

    as pessoas partem, mas deixam (por norma) o melhor de si... e a ti, provavelmente deixou as melhores palavras, os melhores sentimentos..

    um beijo :)

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  6. Somos assim, Soraia. Estabelecemos laços facilmente e depois, pensamos sempre que estamos (mais que) preparados para um afastamento. Então constatamos, outra vez, que a certeza que tínhamos, não era certeza nenhuma.

    Mais que a voz que imagino, retenho, através das palavras que lhe li,
    Pequenas Grandes Sensações!

    Um beijinho.

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  7. por incrivel que pareça, quando faço determinados posts, "anseio" comentarios de determinados blogs (neste caso, dos autores/as), porque gosto da sua escrita, gosto da sua opiniao, mesmo que nao sejam as mesmas ideias que as minhas, gosto de os/as ler (mesmo que seja pouco).
    e como nao faço um blog, com o proposito de colecionar comentarios, como tal há sempre algum post que nao agrada, mas como ja tenho um/uma ou outro/outra que me habituei à sua presença no meu canto, e eu nos deles/delas, "sinto" que quando nao aparecem, faltou algum pedacinho ali no meu cantinho

    beijinho :))

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  8. Quando comecei a escrever uma coisas naquele meu cantinho, disse que ia escrever só para mim. Estava mesmo convencida disso. Depois, começou a aparecer um ou outro comentário e, tal como a Soraia diz, quando eles não aparecem parece que falta qualquer coisa. Não escrevo "para" os comentários. Já escrevi tanta asneira!!! Mas os tais laços, mesmo que virtuais, mesmo que blogosferais (:S), criam-se. Tal como espero textos de certos blogs. Mesmo não os conhecendo, conhecemos as casas, essas casas que nos acolhem, que nos oferecem os seus pensamentos, onde lemos os seus sentimentos, onde nos rimos e onde, confesso, já chorei. Textos com que me identifico, textos que me fazem lembrar situações que passei que me magoaram, textos que me fazem acreditar por afinal ainda haver pessoas assim, textos que me fazem sorrir.
    Textos, como este teu, que têm o poder de tocar mais do que aquilo que possas pensar.
    Dizes nunca pensei que doesse tanto ver partir quem (não) conheço.Não conhecerás o corpo, não lhe apertaste a mão ou deste dois beijinhos... Achas mesmo que não conheces? Não conhecerás o melhor? A essência?

    Beijinhos, Gemini.

    Dizes ver partir quem não conheço.

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  9. O comentário partiu-se, deixou umas palavritas para trás.
    Dizes ver partir quem (não) conheço. Dói sempre ver alguém partir. Quando se conhece, quando se pensa que se conhece, quando (não) se conhece.
    Quando se conhece, fica a saudade, das palavras, do toque, dos risos.
    Quando se pensa que se conhece, fica a desilusão, o seu sabor amargo na boca. Quando (não) se conhece fica a saudade também. Aquele cantinho que já lhe pertencia fica vazio.
    Adaptando algo que vi em qualquer lado, nenhuma situação é eterna, mas as emoções que vivemos podem durar uma eternidade.

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  10. E é por isso, Nirvana, que dói! É por sentir que conheço o melhor, a essência, que dói. Mas lá está, sou ainda embrião no que refere à Blogosfera. Ainda não tinha lidado com nenhuma partida de alguém que visitava…
    Por incrível que possa parecer, penso ter sido o último a tornar-me seguidor daquele blog! Um espaço que fui visitando pontualmente mas que agora estava a aumentar a frequência das minhas visitas. Não sei se me visitava. Não era minha seguidora (pelo menos lá na caixinha), mas isso não é nada relevante. Desde que sim, pudesse eu continuar a seguir as suas palavras, para ler muito do que penso, sinto e não escrevo.

    Resta-me, num fim que não o é, a sua imortalidade!

    Um beijinho.

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  11. Caríssimo Gemini,
    Ao ler tuas palavras, antes de mais comovo-me e… ainda que o objecto do sentimento altere…
    Atrevo-me a transcrever para aqui um post do “Recanto dos Suricates” que escrevi no passado.
    “Meu bom e vivaz Quico. Corre agora pelos troncos e ramos dessa serra imensa. Presta atenção. Não te esqueças que és esperto!

    A águia tem filhotes para alimentar, mas se fito for teu olho, nenhum “aguito” te irá papar. Senti-me bem com a tua companhia, mas… a vida é mais que um dia. Vai, corre, corre e faz amigos entre os outros. Perto um “orelhudo” ficou a espreitar. Agradeço-te e nunca esquecerei o adeus que me vieste dar. Corre livre meu pequeno amigo, corre livre e sê feliz; que eu... Eu por aqui vou ficar… :-(“

    Um abraço

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  12. É este paradoxo de (Pequenas Grandes) Sensações, estimado Mário, que nos vai confundindo os "ticos e os tecos"!

    Como poderei ficar feliz se é de um fim que se trata?

    Porém,

    Como poderei ficar triste se é de um inicio que se trata?

    Aceitá-los, como se oferecem, será o segredo.

    Um abraço!

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  13. Gostei da 'conjugação de musicas'

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  14. Olá Sayuri,
    Muito bem-vinda. Obrigado pela tua visita e volta sempre que desejares.

    As músicas... Dizemos tudo nelas!

    Um beijinho.

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  15. Fiquei sensibilizada com a "dedicatória" :) é bom saber que há sempre quem goste de nos ler. Muito obrigada.

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  16. Olá Glamorous Girl,

    bem-vinda ao meu cantinho.

    São coisas que não se agradecem. Uma homenagem é feita de livre vontade e como tal, esta minha não é excepção, eheh!

    Acima de tudo fico muito contente por estares "de volta", e desejo poder continuar a ler-"te".

    Espero que gostes do que por aqui se regista e que possas voltar mais vezes.

    Um beijinho, se me permites.

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A "ler" é que a gente se entende.