domingo, maio 10, 2009

- Mama, nasci! Já tens namorado?!



O amor entre duas pessoas, e agora vou falar simplesmente de duas pessoas heterossexuais, perdoem-me o aparte os homossexuais e lésbicas, mas perceberão à frente do que falo, e estou certo que boa parte concordará comigo, sempre foi uma matéria muito relativa. É tão relativa que, é apenas conversável e não discutível. - E porquê? - Perguntam vocês. Bom, logo, por tudo o que encerra o conceito de ‘amar’. Somos na terra, mais cabeça menos cabeça, cerca de seis biliões de ‘cérebros’, ou melhor, de pessoas. Porque apesar do ‘cérebro’ ser uma coisa fantástica e característica do ser humano (falo do cérebro pensador, inteligente, claro), nem todas as pessoas têm um! Mas como eu dizia, seis biliões de pessoas, seis biliões de formas de amar. Não se repete uma. Ora, é precisamente isto que leva a situações, normalíssimas, bastante frequentes, de desencontros amorosos. Contudo, sabemos bem que, o que hoje é verdade, amanhã é mentira, e vice-versa. Introduzamos, então, na conversa a ‘paixão’. A paixão é uma maluca! Uma maluca que nos tenta enganar, que tenta confundir todo o nosso rol de sentimentos. Chega, de um momento para o outro, como se viesse cheia de pressa: - Vamos lá aviar isto que eu tenho de ir para outra freguesia. - E começa a tentar convencer-nos que o que sentimos, afinal, é amor! Quer dizer, acabámos de conhecer uma certa pessoa e, de repente, é amor! Convenhamos… Ó ‘paixão’, tem lá calma contigo! Minhas amigas, meus amigos… não é nada disto! Ou será mesmo?!!! É que antigamente, tipo… há dois dias, duas semanas, dois meses, dois anos, duas décadas, dois séculos e por aí fora, as pessoas primeiro eram apresentadas umas às outras, ou, sim senhor, apresentavam-se mutuamente. Conviviam um pouco. Se houvesse alguma compatibilidade, aumentavam o contacto entre elas. Descobriam gostos comuns, partilhavam histórias, enfim, aumentavam, de um modo natural, a cumplicidade. Nesta fase, começavam a desconfiar que estavam a gostar da outra pessoa… e depois, quando vinha a certeza desse sentimento, viviam-no com (e aqui sim, faça lá o favor de entrar) PAIXÃO! Então, quando se confirmava que a outra pessoa sentia o mesmo, acontecia o AMOR! Normalmente a consequência de tudo isto era, e é… namorar! Por tudo o que implica uma vida a dois. Simples! Para saberem se o amor é sustentado. Se tem hipóteses de sobreviver, forte e unido, às dificuldades que os nossos políticos nos vão, generosamente, oferecendo, eleições após eleições. Mas sobretudo, forte e unido na sinceridade, na confiança, na admiração, no respeito! – Porquê? - Perguntam vocês de novo. Precisamente porque essa vida a dois, poderia vir a tornar-se uma vida a três. Ou a quatro, ou a cinco ou a mais, com todas as responsabilidades implícitas.
Mas há quem faça o contrário. Primeiro engravida-se: - Ora bem, já estou grávida e agora o que era mesmo que vinha a seguir? Ah, já sei, ver uma casa, lalala pupitu tarari, esta serve. Bem, já agora namoro com o futuro pai do meu filho. Pronto, já está. Afinal já namorava e nem sabia. Pensava que eram só umas quecas. Se calhar é melhor dizer-lhe que estou grávida, não?! - Nisto, enquanto ela lhe liga: - Olha, vem ter comigo à maternidade que eu preciso de falar contigo. – Ouve-se uma voz: - Mama, nasci! Já tens namorado?!
E assim se reúnem as condições para esta criança ser feliz! Uma criança desejada, fruto de uma relação duradoura, forte e unida! Sustentada na sinceridade, na confiança, na admiração, no respeito!
E é isto minhas amigas e meus amigos. Como vêm aqui está uma das seis biliões de formas de ‘amar’ de que vos falava.
Como vos disse, o cérebro é uma coisa fantástica! Toda a gente devia ter um!

P. S. Apenas dar uma palavra a todos os casais, gays incluídos, que reúnem todas as condições para criar uma criança feliz, e que lutam há anos para tal, mas que, neste país de atrasados, não conseguem vencer o processo de adopção! Para todos vós, a minha SOLIDARIEDADE.


Até breve.

7 comentários:

  1. muito bem, pareçe-me que lá vou (ter que) seguir mais um blogue...congrats bro!

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  2. Não americanizemos. O número estimado em 31 de Maio de2009 era:6,792,467,727 (seis mil setecentos e noventa e dois milhões quatrocentos e sessenta e sete mil setecentos e vinte e sete) somos de facto muito poucos... (seis biliões teriam que ser seis "milhões de milhões": 6,000,000,000,000)

    Infelizmente os números dos americanos diferem disparatadamente dos nossos (e continuaremos sempre a cometer este erro nas comparações) pelo facto de um bilião dos americanos ser um milhar de milhões em números europeus. O que se traduz em erros absurdos. :)


    Por exemplo:
    http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=1581

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  3. Ainda volto. Fiquei a pensar naquilo dos números... Diria que somos tão poucos que chagamos a ser raros... Talvez mesmo em perigo de extinção... Acho até que alguém já falou sobre isso...

    :)

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  4. CybeRider, vou ter que reconsiderar as minhas fontes, loll.

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  5. E alguém consegue visualizar a diferença entre a grandeza de um e do outro?... Não penses mais nisso! :))))

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  6. Mais milhão, menos millhão, mais bilão, tanto faz (tal qual como a minha conta bancária :)).

    Quanto ao tema que abordas,tens razão, principalmente porque lhe chamas "uma das formas", e não "a forma", ou seja, não generalizaste. Gravidez irreflectida, inconsciência, leviandade. Podemos dar-lhe vários nomes. Para mim tem só um: irresponsabilidade e egoísmo. Ceder a um impulso de paixão (mesmo confundindo-a com amor), acontece a qualquer um (e às vezes até é bom, por várias razões - um destes dias falo sobre isto. Vem, acontece e passa. Uma gravidez, um filho, não. O do teu post chegou à maternidade, nasceu. Sorte para uns, para outros nem tanto. Mas nasceu. Muitos não chegam a ter essa oportunidade, de nascer. Mas isto levarnos-ia para outro campo, em que geralmente a minha opinião é criticada. Porque mesmo sendo mulher, me custa a perceber, quando se fala em direitos, que "o corpo é meu, eu decido", quando esse corpo afinal já não é só meu. Quando é tão fácil prevenir. Claro que pode haver falhas na prevenção, mas ou reveêm as estatisticas das falhas dos métodos contraceptivos, ou a taxa de falha de todos eles está muito, muito errada.
    Grande lata, principalmente sendo mãe sozinha! :). Não estou incluída na lista de falha dos métodos. Tudo direitinho: conhecer-conhecer melhor -talvez namorar -namorar- pensar, julgar-me numa "relação duradoura, forte e unida" -ter um filho. Continuação da história: muita diferença entre o verbo pensar e ser.
    E lá estou eu a divagar!

    Gostei. "O cérebro é uma coisa fantástica! Toda a gente devia ter um!". Muito boa. Concordo plenamente!

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  7. Olá Nirvana,
    O teu comentário, merece-me o comentário que comentaste!

    ;)

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A "ler" é que a gente se entende.