Desafio "Velhice" - Fábrica de Letras
Encontrei um coração, estava a chorar.
Perdera o amor que acabara de achar.
Levantei-o do chão, tremiam-lhe as pernas,
Suas lágrimas, lindas, pareciam eternas!
"Este meu desencontro, chorarei toda a vida",
Disse, soluçando, falando da ferida.
Imaginei-lhe um vazio tão cheio de tudo,
Queria ajudá-lo, falar-lhe, sentia-me mudo...
Foi então que me disse que não estava triste,
Tinha descoberto apenas que o amor existe!
E falou devagar para eu perceber:
"Prometo amá-la enquanto viver!"
Os anos passaram sem pedir licença,
E eu ali estava, na sua presença.
No leito da morte tinha-me chamado.
Contive as lágrimas ao vê-lo deitado.
Esboçou um sorriso, ao ver-me chegar,
Sorri-lhe de volta mas queria chorar...
E a custo falou (era quase inaudível)
Mas fazia o esforço que lhe era possível:
"Prometi amá-la enquanto vivesse,
Nem que outra mulher meu amor quisesse!
Agora é a hora de eu te dizer,
Prometo amá-la depois de morrer!"
Caíram-me lágrimas, e só sabe Deus...
Eram as mesmas que caíam dos seus!
Então percebi, quando ele morreu,
Quem estava deitado, morto... era Eu!
Sem palavras! Simplesmente lindo!
ResponderEliminarLinda poesia, cheia de sensibilidade e com fim algo inesperado.
ResponderEliminarAbracinho
A POESIA TEM O SEU LADO MISTERIOSO ...E INTERESSANTE...ATÉ SURPREENDENTE...GOSTEI DETE LER
ResponderEliminarGemini esta tua poesia está surpreendente incluindo o final. Não sei comentar poesia mas sei que adorei esta. Beijinhos
ResponderEliminarUma ternura!
ResponderEliminarOriginal e encantador ste poema :) Bjo
ResponderEliminarBonito...na linha ténue da dureza e beleza...num cru que atrai...lindo.
ResponderEliminarComo se comentam palavras assim? Não se comentam. Sentem-se.
ResponderEliminarFeliz do coração capaz de descobrir e sentir esse amor, capaz de "de tudo o vazio encher".
Lindo, Gemini.
Beijinhos
mais uma vez os teus versos me encantaram. tens um toque delicado com as palavras que me agrada muito. Doce, sensivel, real, bonito, muito bonito.
ResponderEliminarBeijinho
É na concretização das coisas que damos conta de que elas existem mesmo. E que, na verdade, sempre nos foram importantes. Enquanto me vejo na morte, faço juras de amor... Muito bonito este teu poema. Até eu deixei cair uma lágrima. Arrepia, sim, mas acho que é nesse arrepio e nessa lágrima que reside toda a sua beleza.
ResponderEliminarParabéns!
Bj*
Olá Sonhadora!
ResponderEliminar(S)em palavras te agradeço!
;)
Beijinho.
Olá vóvó!
ResponderEliminarE não serão assim tantos finais, inesperados...?
Um beijinho.
Olá Pedrasnuas!
ResponderEliminarTudo existe na poesia!
Fico contente por teres gostado da minha escrita. Obrigado.
Um beijinho.
Olá Brown Eyes!
ResponderEliminarMas comentaste bem, se te surpreendeu!
No mais, alegra-me imenso saber que gostaste!
Beijoca.
Olá Checa!
ResponderEliminarChama-se Amor, essa ternura que falas!
Um beijinho.
Olá Eva!
ResponderEliminarÉ como o Amor que não nos assiste, tem um qualquer encanto que nos prende...
Um beijinho.
olá free_soul!
ResponderEliminarPois é, por vezes o "duro" transporta tamanha beleza que nos sentimos impotentemente atraídos! Onde andará a "razão", nessas horas...?
Beijinho
Olá Nirvana!
ResponderEliminarSão meras palavras, que apenas a inteligentemente estúpida paixão dita! É o sentir que torna possível organizá-las desta forma!
;)))
Obrigado, Nirvana.
Beijinho.
Olá meldevespas!
ResponderEliminarO teu comentário toca-me o coração!
Muito obrigado!
Um beijinho.
Olá Lala!
ResponderEliminarConseguiste ler-me e isso deixa-me realizado!
Obrigado pelas tuas palavras!
Um beijinho.