quarta-feira, janeiro 20, 2010

O Mal, em Dó Menor

Chega-me como música, grande parte da inimputabilidade que se "discute" por aí.

É do conhecimento publico que os advogados só representam inocentes. Quando estão do lado da acusação, está visto que sim porque… Aquando do outro lado, pois então? – Alguém defende um culpado?!

Até porque todos estão inocentes, enquanto não se provar o contrário. Que bem o diga Nicolas Bento, muito recentemente, que teve uma acusação convicta, e uma ainda mais convicta equipa de "advogados" de defesa, a sua familia pois então?! Só que nenhum membro dela fazia parte da… "Ordem", mas o dinheiro compra tudo, mais do que a mentira, há ainda casos, felizmente, em que também compra a verdade. E depois de uns €uros sacrificadamente reunidos (uma das irmãs do Nicolas chegou a trabalhar 15 horas por dia para juntar dinheiro para a defesa do irmão!), lá houve um famoso inglês da dita "Ordem" que disse que sim. Primeiro aos €uros, depois à inocencia de Bento!

E os maluquinhos, esses coitados, que só lhes dá para fazer o bem? Que sabem distinguir primorosamente o que é dor do que é prazer, a fome e a sede? Canso-me de os ver por aí, numa ajuda incansável aos Séniores, mandando parar carros para que estes possam atravessar a rua. Indo entregar nos balcões de informação dos nossos Centros Comerciais, aquelas crianças que se perdem dos pais. Auxiliando os invisuais da nossa praça, naquela barreira mais complicada. Impedindo o assalto “X”, de que estava a ser vitima uma tal jovem.
Depois aparecem uns inconscientes desmedidos que querem empurrar esta nobre maluquice para as prisões deste país. São eles os familiares destes Séniores, os também familiares das tais criancinhas que se perdem, ainda os dos invisuais auxiliados, e os pais da jovem! Em alguns casos, o próprio Ministério Público chega a colocar a mão, mas este último, é sabido também, tem pouca influência e (praticamente) nenhum peso nas sentenças.
O que me descansa, é que aparece sempre alguém da "Ordem" (deve ser de uma outra ordem), que consegue provar que estes maluquinhos não sabem o que fazem, que fazem o Bem inconscientemente, não podendo ser levados a sério por isso. Como tal, um simples internamento será pena justa, para outra pena, muita pena de alguém.

Mas acho muito bem que assim seja. Que se reservem as prisões para os que andam por aí a matar os próprios pais, cortando-lhes a cabeça. Para os que andam de faca no carro com que depois assassinam a namorada. Ou de saco plástico em riste, que isto do oxigénio qualquer dia não dá para todos!

Eu já garanti a minha inimputabilidade, para quando me chegar a hora do Juízo! Há uns meses que tomo medicação.

4 comentários:

  1. Gemini

    Muito bom!
    Ao ler o teu post, lembrei-me do programa de ontem na RTP1, daquela criança institucionalizada, com base no parecer de um psiquiatra, em que ele próprio discorda da decisão e se insurge contra a interpretação feita. Pergunto-me como é possível coisas destas acontecerem.

    Inocente até prova em contrário, não é? Só que às vezes essa prova demora. Dois anos e tal para o Nicolas, uma vida inteira para alguns, se calhar.
    Que as prisões estão cheias de inocentes apregoam os que lá estão...
    Vale mais quem os euros ajudam do que os que muito madrugam. Por isso há advogados pagos a peso de ouro. Por isso há pessoas que se julgam impunes, que vão tecendo a sua rede sem medo porque a defesa está assegurada.

    Os maluquinhos... bem, os maluquinhos continuarão a ser maluquinhos, pelo menos a maior parte, porque não sabem ser de outra forma. E quando os empurrarem para onde dizes irão pensar que os outros estão maluquinhos..

    Pois eu, olha, tenho-me esquecido constantemente das gotas!!

    Beijinhos, Gemini

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  2. Infelizmente o esforço de muitos nao vale a pena, mas o descanço de alguns vale-lhes muito...

    Cada vez o que pesa mais é o lado que tem mais dinheiro, é o lado que dá menos trabalho e o lado em que quanto menos der que provar e perder tempo melhor...

    como a Nirvana diz e muito bem, as provas demoram muito, e para muitos uma eternidade...

    e enquanto isso nao acontece vai-se sofrendo, ou nao, consequencias...

    um maluco deve ir para o sitio certo, porque de facto a prisao é para pessoas normais, com consciencia do que fazem, dos crimes que cometem...

    um "maluquinho" é apenas um inocente, mas que hade ser sempre maluquinho por motivos obvios (alguns claro)


    quando chegar a minha hora de juízo, lá verei... desde que tenha tempo para poder improvisar :P

    beijo*

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  3. Olá Nirvana!

    "(...) com base no PARECER (...)"

    Pois, num "parecer", que apesar de ser de um profissional é passível de má interpretação!

    E quantos homicidios são cometidos por pessoas perfeitamente normais, que depois vão ser observadas, e se "conclui" que o autor "sofre de perturbações", atingindo o "estatuto" de inimputáveis?

    Haverá muitos casos de diagnósticos manipulados, numa fuga à verdadeira justiça, e aqui sou forçosamente levado a questionar os juristas deste país. Deste e de outros, mas mais deste, porque é o "meu".

    Beijinho, Nirvana.

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  4. Olá Soraia!

    Eu refiro-me aos "maluquinhos" que não o são, mas que são dados como tal por influência da "defesa legal".

    Em termos práticos, quem tira a vida a alguém nunca estará no uso de todas as suas faculdades. No entanto isso não significa que essas pessoas sejam todas "maluquinhas"!

    Porque será que a essas pessoas ditas "maluquinhas", só lhes dá para o mal?!

    Porque nunca terei eu visto e ouvido uma noticia na televisão, onde um desses "maluquinhos" fez uma qualquer coisa fantástica, em benificio de alguém em particular, ou da sociedade em geral?!

    Beijoca, Soraia.

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A "ler" é que a gente se entende.