Há milhares em desgraça
E na praça, que se tornou o exterior do Haiti,
Falam lágrimas e cala-se o sorriso. Esse bem que é preciso buscar.
Que Sol és tu, tão superior, que permites esconder teu fulgor, pela nuvem negra ,
que te devia ser inferior?
Inspiro agora o pó, que foi prédio.
Onde o meu trabalho era um tédio, feliz.
O que é que eu fiz…? Amaldiçoei o meu dia…
Chamava tristeza à alegria,
Mas não temia o vazio, no prato.
E que horrível retrato é este? – Ele não come, não dá para todos, e tu, ainda anteontem comeste, controla bem essa mágoa. E olha que também não há água, controla lá essa sede.
Maldita teia gigante, que nos prende nesta rede…
Onde todos somos um Ai…
De mim, ai de ti, que será de nós…?
Infelizmente o mundo tem teias destas, demasiados difíceis de desembaraçar.
ResponderEliminarMuito bem construído, este teu texto, Gemini!
ResponderEliminarApesar da tristeza latente (como não podia deixar de ser), gpstei muito!
Bj
Olá S*
ResponderEliminarInfelizmente...
E quando pensamos que a vida não pode piorar,... Não canso de me repetir; aceitá-la como ela (ela - vida) se oferece, é o segredo! Depois moldá-la!
Fácil? - Não, bem sei. Mas afinal, o que é que o é?
Beijoca, S*
Obrigado, Mag. Olá!
ResponderEliminarA desgraça em que "vivemos", pode sempre piorar...
Beijocas.
Gemini
ResponderEliminar:) É um sorriso, mesmo. Um sorriso por estas tuas palavras!
E por lá também se vão vendo um sorriso ou outro quando se encontra uma criança de 5 anos viva depois de todos estes dias e ele diz que está bem e quer sumo.
Dizes bem, quando falas na vida de que tantos se queixam, o tédio no trabalho, a alegria que não se vê porque se ignora o que é a verdadeira tristeza, e parece que temos de saber o que é a tristeza profunda para saber dar valor à alegria de estar vivo, estar aqui.
Tristeza profunda é ver aquelas imagens.
todos somos um ai mesmo. Um ai suspenso por aí!
Beijinhos, Gemini.
Belas palavras estas... Nós, seres humanos que nos julgamos donos e senhores do mundo, não somos mais do que simples peões num tabuleiro imenso de xadrez que a natureza derruba quando quer, mostrando-nos que somos mais frágeis do que as formigas que pisamos sem dar por isso. Elas, ao menos, ainda conseguem primar pela força, erguendo dez vezes o seu peso. Nós, muitas vezes, nem o peso dos nossos erros e problemas conseguimos suportar.
ResponderEliminarE em relação ao comentário ao meu blog, referia-me mesmo à ausência. Para mim tb não são sinónimos...
E se se tratasse apenas de distância, o problema nem era assim tão grande.
Olá Gemini.
ResponderEliminarSomos um grau de pó cego, surdo e arrogante. E não conseguimos ver... sentir... quão grandiosa é esta natureza que nos foi oferecida de bandeja e que teimamos em destruir a cada dia... e ela responde assim,com a dor de um tremor de terra, o desesperos de umas cheias, o sufoco de um seca...
Para que conste, tenho plena noção que os meus 400 e tal seguidores me lêem de uma forma que nem sempre é a melhor. Demasiado superficialmente. Por isso sei distinguir, e valorizar, quem me lê de forma diferente. :)
ResponderEliminarOlá Nirvana.
ResponderEliminarÉ verdade. Porque teimamos em desprezar as pequenas coisas do nosso dia-a-dia, que são os "nadas" da nossa felicidade?!
Porque teremos de passar na pele pelo muito mau para valorizar o que tinhamos?...
Não compreendo...
Beijinhos.
Olá Joana'.
ResponderEliminarE em vez de tirarmos partido enquanto "estamos em jogo", não! Teimamos em esperar pela hora em que "uma peça escondida" nos "coma", para depois nos ficarmos a lamentar pela nossa "fraca jogada"!...
Poderia usar a expressão: "É a vida", mas aqui aplica-se mais uma outra... "Poderia ter sido a vida"...
Pois, a ausência... Compreendo-te! Mas olha, se com a distância o problema pode não ser "assim tão grande", compete-nos fazer com que a ausência deixe de ser problema, ou não chegue sequer a ser! Não precisaremos de favores, e só nós saberemos o que "alguém" deixará de ganhar!...
Beijoca.
Concordo plenamente contigo. Eu não desprezo essas pequenas coisas. Aliás, são elas que preenchem o meu dia. É assim que sou feliz. Mas sei que ainda valorizo coisas que não devia. Coisas que não vale a pena valorizar, mas que vão fazendo com que tenha momentos menos bons. São cada vez menos, mas ainda não me consegui libertar de todas essas coisinhas. No Domingo tive, mesmo ao meu lado, o exemplo de como a nossa vida muda num segundo, como se perde toda uma vida num segundo. Como se fica sem marido, sem mãe, sem filhos, o que já cá andava e o que ainda estava para nascer, tudo num segundo em que um maluco bate num carro, de uma família feliz. Temos problemas, nós?? Nem de perto. Como se sobrevive a isto? Eu não sei.
ResponderEliminarBeijinhos, Gemini
Olá Guinevere.
ResponderEliminarPois é. Nós somos os "grandes convidados" da natureza. Os convidados de honra de uma "festa" que insistimos estragar com comportamentos vergonhosos.
Convidados destes deixam de ser bem-vindos...
Até breve!
Ó S*, (antes de mais, OLÁ!)
ResponderEliminarEu não queria ir tão longe, nem pretendia fazer esse juízo. Quis apenas que soubesses o tipo de leitura que te faço. E que não será diferente pelo facto da deles ser "deficiente", se é que me entendes, o termo pode não ser o mais feliz. Será diferente pela forma como me fazes "beber" algumas das tuas mensagens!
BeijocaS*
;)))
(E fizeste muito bem em vir deixar essas palavras aqui e não lá!)
Olá Nirvana,
ResponderEliminarA questão é que por vezes convivemos, ou temos de conviver sem hipótese de escolha, com pessoas mesquinhas, sem principios, de horizontes limitados, que ao invés de se deixarem contagiar por ondas positivas, quase que carregam os outros com energias negativas...
Mas olha que eu preciso estar muito distraído para me deixar influenciar...
Exemplos desses que referes deixam-me com uma revolta... Sem comentários!
Beijinho.
se eu fosse...
ResponderEliminarse eu tivesse...
ai se eu pudesse ajudar...
se há coisa que me corta a vontade de sorrir, de comer, etc etc é quando vejo passar as imagens do Haiti...
que aperto...
é tanto sofrimento...
E este mundo que não pára para ajudar... Tivesse parado antes, quando eles precisavam e não estaríamos nós, espectadores, em desespero. Que afinal artistas somos nós também, a aguardar a entrada em cena. Dispensarei os aplausos da audiência, ainda que toda a plateia se derreta. Mas gostarei que quem criticou o jogo de ontem e os artistas milionários que se reuniram para angariar fundos aos pobres (que já vi essa leitura em blogues desta praça), entenda um dia que por pouco que isso pareça, é mais do que a maioria fará, uns porque não podem, outros porque o seu valor intrínseco é reduzido como moeda de mobilização. Até pode ser uma hipocrisia, mas pior seria se o não tivessem feito. O seu a seu dono. Há quem só aprenda quando o imprevisto finalmente bate à porta, e por vezes o nosso Hai(de)ti está mesmo ali antes do virar-de-esquina. Eu gostaria que a minha imagem lhes pudesse comprar alguns antibióticos, assim talvez me saia mais caro...
ResponderEliminarTambém acho que vale a pena pensar nisto.
Peça de bonita filigrana a tua, Gemini.
Abraço!
Desafio para ti no meu cantinho
ResponderEliminarBjks
Nirvana, eu bem sabia que ao vir aqui dizer ao Gemini que tinha um desafio no meu cantinho para ele, ja te terias adiantado para dizeres o mesmo :P
ResponderEliminarE que texto brilhante! Pois, o mundo é assim. Acontecem estas tragédias do nada, assim sem autorização. E depois olhamos para nós. Somos mesmo insignificantes, e percebemos, percebemos que afinal não temos problemas. Que comparando com o resto de sofrimento que há no mundo o nosso não é nada. Depois esquecemos. Acontece algo sempre que nos volta a lembrar, acontece sempre. O Mundo nunca nos deixa esquecer.
ResponderEliminare esqueci-me do beijinho*
ResponderEliminarOlá Soraia.
ResponderEliminarSão as "regras do jogo"! - Coisas boas coisas más! Mas temos de nos questionar;
Será que nos acontece BEM à escala do que nos acontece em MAL?! Um euromilhões, poderá ocorrer-me... Mas isso contempla poucos no tempo! E a nossa condição de mortais será suficiente para justificar tão horríveis momentos? Se... Se... Se ao menos "vivessemos de mãos dadas"...!
Beijinho, Soraia.
Olá CybeRider!
ResponderEliminarE achas muito bem, Cybe. Afinal, bem que perguntas, que cenário é este, montado já para o nosso desempenho...? Não teremos estudado bem o guião...? Ou a "tua" excelente representação abafará os lapsos da "minha"?! E se poderei questionar o cenógrafo, quem será o responsável pelo "casting"?
Se me vais dizer que são os mesmos...
Existem muitas "partes do texto que ainda não aprendi", fossem os meus colegas "todos bons actores" e me ajudassem, como tento ajudá-los sem excepção, e nenhum de nós "aplaudiria sentado"!
Obrigado, Cybe.
Um abraço!
Nirvana e Soraia,
ResponderEliminarJá está resolvido, calma, eheh!
Beijocas.
Olá Mysterious Girl!
ResponderEliminarPois é... Se todos percebessemos a grandeza da nossa insignificância, talvez tomássemos noção da importância do nosso desempenho! Se cada um fizer o seu, é certo que o de todos aparece feito, não podemos é ignorar os meios para atingir os fins...
Obrigado e um beijinho!
;))