Já muito se registou sobre silêncio. Também já o fiz. Sou testemunha das maravilhas que encerra, porque o escolho muitas vezes para companhia.
Mas há outros. Há outros silêncios… há silêncios que são verdadeiras torturas. Aqueles que não são escolha. Que nos são oferecidos sem que lhe saibamos o porquê. Que nos magoam mais, incomensuravelmente mais do que aqueles que, descarada e insensivelmente, nos confrontam com as respostas que nunca queríamos que chegassem. Mas estes, pelo menos, trazem respostas. E se a dor que algumas dessas respostas trazem é inevitável, já o sofrimento se transforma em algo opcional.
Não considero o silêncio, nenhum género de silêncio, a arma dos fracos. Acomodamo-nos a tantas situações por ser tão mais fácil permanecer, no que se conhece, em função de rumar a um desconhecido, que à partida já tem rótulo de dor. Acredito que muitas vozes se calam, em sofrimento, para que as suas palavras não magoem. Assim sofre só um, o que cala. Errado. Sofrem as mesmas pessoas envolvidas. Muda apenas o modo. E este silêncio, o não escolhido, muitas vezes não nos permite ouvir o que o outro, o escolhido, tem para nos dizer. Pode assistir-nos toda a razão para optar pelo silêncio – inquestionável. Porém, deveríamos remeter-nos a ele somente após apresentarmos os nossos motivos. Ainda que não os queiramos discutir. Apresentá-los, simplesmente.
Já o disse aqui, e não só, que sou um respeitador nato. Como tal, serei capaz de respeitar todo o silêncio que me queiram dirigir. Mesmo que injusto. Já lá vai o tempo em que me preocupava em me justificar e tentar apresentar os meus motivos, sem que mos quisessem ouvir, quando me deparava com alguma atitude injusta para comigo. Agora não. Quem gostar de mim, o mínimo que seja, há-de confrontar-me antes de me julgar e de me condenar seja ao que for. Nem que seja ao jejum das suas palavras.
É incomparavelmente mais doloroso um silêncio não justificado, do que mil palavras ofensivas e injustas!
Se este silêncio se deve ao facto de eu te ter magoado, ainda que sem consciência disso, apresento aqui as minhas desculpas, onde me podes ler por opção. Onde não tenho de invadir o teu mundo.
Antes de virar esta página, quero que recordes que se a vingança nos torna iguais, o perdão faz de nós superiores.
Mas há outros. Há outros silêncios… há silêncios que são verdadeiras torturas. Aqueles que não são escolha. Que nos são oferecidos sem que lhe saibamos o porquê. Que nos magoam mais, incomensuravelmente mais do que aqueles que, descarada e insensivelmente, nos confrontam com as respostas que nunca queríamos que chegassem. Mas estes, pelo menos, trazem respostas. E se a dor que algumas dessas respostas trazem é inevitável, já o sofrimento se transforma em algo opcional.
Não considero o silêncio, nenhum género de silêncio, a arma dos fracos. Acomodamo-nos a tantas situações por ser tão mais fácil permanecer, no que se conhece, em função de rumar a um desconhecido, que à partida já tem rótulo de dor. Acredito que muitas vozes se calam, em sofrimento, para que as suas palavras não magoem. Assim sofre só um, o que cala. Errado. Sofrem as mesmas pessoas envolvidas. Muda apenas o modo. E este silêncio, o não escolhido, muitas vezes não nos permite ouvir o que o outro, o escolhido, tem para nos dizer. Pode assistir-nos toda a razão para optar pelo silêncio – inquestionável. Porém, deveríamos remeter-nos a ele somente após apresentarmos os nossos motivos. Ainda que não os queiramos discutir. Apresentá-los, simplesmente.
Já o disse aqui, e não só, que sou um respeitador nato. Como tal, serei capaz de respeitar todo o silêncio que me queiram dirigir. Mesmo que injusto. Já lá vai o tempo em que me preocupava em me justificar e tentar apresentar os meus motivos, sem que mos quisessem ouvir, quando me deparava com alguma atitude injusta para comigo. Agora não. Quem gostar de mim, o mínimo que seja, há-de confrontar-me antes de me julgar e de me condenar seja ao que for. Nem que seja ao jejum das suas palavras.
É incomparavelmente mais doloroso um silêncio não justificado, do que mil palavras ofensivas e injustas!
Se este silêncio se deve ao facto de eu te ter magoado, ainda que sem consciência disso, apresento aqui as minhas desculpas, onde me podes ler por opção. Onde não tenho de invadir o teu mundo.
Antes de virar esta página, quero que recordes que se a vingança nos torna iguais, o perdão faz de nós superiores.
Se é que tenho algum poder no campo do perdão, que se dane a superioridade... O teu silêncio está perdoado.